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Turismo Rural  Parque Nacional da Peneda Gerês

 

Percurso: Brandas/Sistelo

 

O ponto de partida é no lugar de Sistelo, no largo do Visconde do Rio Vez, a cerca de 22 km de Arcos de Valdevez.

Recomendamos a EN101 em direcção a Monção, num agradável itinerário pela margem do Vez. A cerca de 9km de Arcos

de Valdevez vira-se à direita, em direcção à freguesia de Aboim das Choças. Chegando a uma capela, cerca de 1 km

adiante, vira-se novamente à direita em direcção à N202-2, seguindo a indicação para Sistelo.

Estacionamento

Ligeiros de passageiros no Largo do Visconde do Rio Vez (assinalado por cruzeiro) e para pesados na berma da EN202-

2 / Cars in the Largo do Visconde do Rio Vez and coaches alongside the EN202-2

Tipo de percurso: Pequena Rota; Circuito Fechado

Distância percorrida: 6880 m

Grau de dificuldade : moderado

Duração mínima: 5 horas

Duração aconselhada: 6 horas

Elevação máxima: 270/797 m

 

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Perfil Altimétrico com pontos notáveis e tempos

 

1 . Casa do “Castelo” de Sistelo

2 . Panorâmica sobre Padrão

3. Branda de Rio Covo

4 . Branda do Alhal

5 . Lugar de Padrão

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Trilho das Brandas de Sistelo (Serra da Peneda). Para melhor visualização do mapa siga o link

Casa do “Castelo” de Sistelo

O cruzeiro, delimitado por gradeamento, integra o conjunto de elementos patrimoniais edificados pelo 1º Visconde de Sistelo, incluindo o fontanário, a casa do Castelo e o jazigo de família. Manuel Gon çalves Roque, natural da freguesia, construiu a casa depois do seu regresso do Brasil, daí também ser designada por Solar do Brasileiro. D. Luís I, Rei de Portugal, concedeu-lhe o título de Visconde de Sistelo em 1880 Conta Eugénio Castro Caldas que um pedreiro enriqueceu no Brasil e fez-se Visconde. Um seu companheiro de juventude, que por cá ficara e continuara na modesta profissão, ao passar defronte de um muro impecável não resistiu à emoção das recordações e exclamou: - Lembra-se Senhor Visconde, fomos nós que o fizemos! Parece que o Visconde nunca mais lhe perdoou a graça. Numa contradição entre espírito progressista e a nostalgia da velha ordem, muitos foram os brasileiros que deram impulsos à escolarização e à modernização do país. A escola primária de Sistelo foi mandada construir por Manuel Roque.

Regressando ao cruzeiro, depois da visita ao castelo, sobe-se para a EN 202-2 passando por uma vereda entre duas casas. Atravessando a estrada, continuamos dentro da aldeia de Sistelo. Viramos à esquerda na primeira rua e passamos pelos espigueiros. Continuamos a subir, tomando a nossa direita, até sairmos da aldeia. Depois de atravessar a estrada que liga Sistelo a Padrão, seguimos por um troço ascendente até a cruzarmos uma segunda vez. Surge-nos, à direita, um denso bosque de cipreste de lawson (Chamaecyparis lawsoniana). Pouco adiante, junto a uma poça destinada à rega, existe um entroncamento no qual tomamos o caminho da esquerda. À medida que ganhamos altitude temos uma crescente visibilidade sobre a paisagem que nos rodeia. Merece especial referência a vista sobre o lugar de Padrão.

Casa do Castelo de Sistelo

2. Panorâmica sobre padrão

 

O lugar de Padrão, destacando-se em posição intermédia no perfil da serra à nossa esquerda, constitui um exemplo paradigmático da forma inteligente como as populações serranas organizam e gerem o território. O centro de toda a actividade é a aldeia ou lugar, coroando a zona de socalcos que desce até ao Rio Vez. A localização do aglomerado habitacional reassinalada por um cortelho e por árvores isoladas, em torno de campos de cultivo. Para cima fica a serra, onde pastam os rebanhos de cabras e ovelhas e o gado bovino. Todo o território é alvo de aproveitamento sendo a altitude o principal elemento diferenciador de espaços, na sua íntima relação com as variáveis climáticas. A configuração do povoamento e do uso do território remete-nos para os séculos XVIII e XIX, quando o milho chegou finalmente às terras mais altas. Mais produtivo que o trigo e o centeio, que quase lançou para o rol das recordações, o milho trouxe consigo um crescimento de gente e de trabalho.

A terra tornou-se pouca para este cereal, exigente em cuidados mas compensador. Assim, teve que se subir mais frequentemente à serra, para conquistar mais uns palmos de terra e alimentar os gados na Primavera e no Verão. Em meados do século XX, atingiu-se o máximo aproveitamento do território, interrompido pela emigração maciça da década de 60 e seguintes. Ficou-nos uma obra grandiosa, ainda muito preservada pelas gentes que aqui vivem Chegando a um planalto de altitude, a Chã da Armada, o caminho segue a linha de cumeada que separa as duas vertentes,  assinalada por alguns pinheiros. Um pouco à frente destacam-se dois afloramentos rochosos, que nos ficam à direita. Neste troço o caminho é pouco nítido, mas adiante, torna-se novamente magnífico, com o seu empedrado granítico. Seguimos num troçoquase plano e numa paisagem fabulosa que se abre ao longo das vertentes do Rio do Outeiro. Numa bifurcação do caminho seguimos pela esquerda, até à mancha florestal. Ladeamos o bosque, seguindo para a direita, até chegarmos aos primeiros muros da Branda de Rio Covo.

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panorâmica de Padrão

 

3. Branda de Rio Corvo

 

A Branda de Rio Covo pertence ao lugar de Sistelo, onde iniciámos o percurso. As brandas constituem formas de ocupação humana adaptadas às necessárias movimentações dos rebanhos e manadas em busca de melhores áreas de pastoreio. A sua utilização é sobretudo estival, quando na proximidade da aldeia os campos estão cultivados. Esta é uma branda de gado (não inclui campos de cultivo) com pitorescos cortelhos de planta circular, hoje muito pouco utilizados. Alguns, só com um piso, serviam apenas para abrigar animais. Noutros há um piso superior, a que se acede por degraus toscos, onde o pastor acendia uma fogueira nos dias mais frios e se abrigava do mau tempo. As paredes destes cortelhos são construídas por simples justaposição de pedras, de tal forma dispostas que formam uma falsa cúpula. Usando apenas granito, abundante no local, os cortelhos e os muros preservam toda a sua genuinidade. Alguns deles, numa ruína silenciosa, já se diluem na paisagem natural. Mas é a marcha inexorável do tempo e a invasão do mundo vegetal que conferem ao lugar algo de mágico. O lobo vem aqui frequentemente, em busca de um animal desprevenido que lhe mate a fome, deixando apenas ficar as ossadas descarnadas.

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Branda de Rio Covo- abrigo de pastores e animais

4. Branda do Alhal

 

A Branda do Alhal, da aldeia de Padrão, é uma branda de cultivo e de gado, sem funções residenciais. A sua proximidade ao lugar de Padrão permite deslocações diárias, regressando- se sempre à aldeia para dormir. Contrariamente à Branda de Rio Covo continua a ser regularmente frequentada pela população, numa complementaridade quase quotidiana que une o rio e a montanha.

Os cortelhos já são de planta rectangular, embora também existam cortelhos circulares de falsa cúpula. Têm quase todos dois pisos e cobertura de telha, que veio substituir o colmo. O piso inferior é destinado aos animais e o superior serve de palheiro para fenos e arrecadação para alfaias e ferramentas. Mesmo quando as vacas pastam em liberdade na periferia da branda, as crias ficam protegidas nos abrigos ou dentro dos bezerreiros, pequenas áreas ,muradas em torno do edifício.

Os campos, outrora cultivados de batata e centeio na secular luta contra a fome, estão hoje quase exclusivamente votados à produção de pasto e feno.

Atravessa-se a branda seguindo sempre o caminho principal, que desce num sinuoso traçado até Padrão. Ao chegar ao segundo entroncamento, viramos à direita. Atravessamos a estrada e descemos pelo caminho até ao aglomerado habitacional.

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Branda do Alhal

 

Lobo Ibérico

 

 

O lobo-ibérico (Canis lupus signatus) é uma espécie em perigo de extinção e distribui -se por uma grande extensão do território do Parque Nacional da Peneda-Gerês e da região periférica. É um carnívoro de grande porte, pesando entre 30 a 45 kg e com 110 a 140 cm de comprimento médio. A cor da pelagem varia do branco ao negro,passando pelo cinzento, grisalho, ocre e castanho. É um animal social,  constituindo pequenos grupos com cerca de 6 a 7 elementos as alcateias. Contudo, devido à grande perseguição de que é alvo, o seu número tem-se reduzido para dois elementos, sendo já normal vê-los solitários. Acasalam uma vez por ano, durante o Inverno. No período de gestação, a fêmea prepara a toca para receber a ninhada de quatro a sete lobitos. O lobo alimenta-se de corços, lebres e coelhos. À falta das suas presas preferidas também ataca os animais domésticos, como garranos, vacas, cabras e ovelhas.

 

 

Mais informações e respetivo folheto do percurso clique aqui

 

 

 

 

 

 

 

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Lobo Ibérico

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